Ontém voltando para Itu de São Paulo, comecei a brincar comigo mesma tentando fazer rimas.
Inspirada por uma amiga incrível que ama combinar palavras fui me lembrando de algumas que fazem parte do meu momento, e inventando pequenas combinações passava o tempo na estrada.
Liberdade sem responsabilidade gera margem para libertinagem
Dali para frente, mais ou menos no km 32 da Castelo Branco, meus pensamentos pularam para outra questão.
Fiquei pensando sobre a sensação de “mea culpa” e a outra vertente que é” eu não fiz nada, isso aconteceu comigo por causa de ….,….,….”
E ai entrei no processo comparativo, que claro sempre envolve a mim e o resto do mundo que eu conheço.
No meu caso, geralmente pego culpas voadoras, e enfio na minha bolsa acreditando que eram minhas e estavam por aí perdidas.
Sempre pensando no que eu poderia ter feito, de alguma outra maneira para evitar este ou aquele desastre, mal entendidos, ou qualquer outra coisa que sucite em mim aquela sensação irresistível de assumir a responsabilidade do porque do fracasso, seja ele qual for.
Nem sempre o fato em si é meu, mas tenho esta tendência a me sentir culpada e por vezes penso que é uma mazela feminina.
Por outro lado existem pessoas, desprovidas da percepção da culpa mesmo quando elas são as únicas responsáveis por sua situação pessoal.
É sempre muito mais fácil apontar o dedo em outra direção para explicar seu fracasso, ou o fato de ter sido preterido(a) aqui ou ali.
O famigerado espelho , que na vida real, não é igual ao da bruxa má da Branca de Neve, é objeto a ser evitado. Se eu não olhar para meu próprio reflexo, posso me concentrar em qualquer outra coisa e não me sentirei mal.
Nasci com defeito ou fui treinada de forma diferente.
Minha mãe era por demais responsável e correta, para criar alguém com tamanha presteza em fazer de conta que problemas não existem ou que, ao existir , não tem nada a ver comigo mas sim com as outras pessoas.
Busco o tempo todo por uma forma de ensinar a meus filhos, o que meus pais conseguiram passar para mim. Valores hoje em dia tão perdidos e tão preciosos. De uma forma simples, eles de fato souberam me educar e nunca deixaram para a escola esta tarefa.
Li hoje isso em nosso “querido/odiado” Facebook. Escola é para formação , as crianças devem vir educadas de casa.

Memórias da infância – coisas que aprendi com meus educadores primordiais:
Minha mãe tinha uma máxima “ Quem quer faz, quem não quer manda !’
Bons tempos
Algumas coisas na vida nunca deveriam mudar! Sua qualidade reverbera além do tempo passado!
Nostalgia me tomando totalmente!